sábado, 17 de agosto de 2013

Youtube Rally Test: Mais testes do Hyundai i20 em asfalto

Como é sabido, a Hyundai anda a testar intensamente o seu carro para o Mundial de Ralis do ano que vêm. E este sábado apareceu um novo video dos testes em asfalto, embora não se vê que piloto está a guiar. Mas suponho que seja o Bryan Bouffier, pois ele é especialista em asfalto.

E dá para ver algumas técnicas interessantes...

Rumor do Dia: Red Bull pode ter escolhido Daniel Ricciardo

A Red Bull poderá já ter feito a sua escolha, e não é nem Fernando Alonso, nem Kimi Raikkonen. Poderá ter sido o australiano Daniel Ricciardo. A noticia é dada hoje pela alemã Sport Bild, que diz que o anuncio será feito no fim de semana do GP da Belgica. Apesar das especulações em torno do piloto espanhol, especialmente depois do seu "manager" ter sido visto com Christian Horner, um dos responsáveis da marca de bebidas austriaca, parece que desta vez, o sucessor de Mark Webber será outro australiano. Caso assim seja, será o segundo piloto vindo da "cantera" na Red Bull, depois de Sebastian Vettel, em 2009.

Nascido a 1 de julho de 1989 em Perth, Ricciardo era uma escolha quase óbvia, especialmete depois de que no teste de jovens pilotos em Silverstone, em julho, ele ter sido escolhido para guiar o Red Bull, algo que não foi dada a chance ao francês Jean-Eric Vergne. Vice-campeão da World Series by Renault em 2010, a sua carreira foi em parte direcionada pela Red Bull. Em 2011, entrou na Formula 1 como terceiro piloto da Toro Rosso, antes de fazer meio ano pela Hispania, no sentido de ganhar experiência. Estando na Toro Rosso desde 2012, têm obtido resultados regulares, com um sétimo lugar na China como o seu melhor resultado da sua carreira. Até agora, em 41 corridas, conseguiu 21 pontos.

E se Ricciardo for o piloto escolhido, tudo indica que o seu sucessor na Toro Rosso poderá ser o português António Félix da Costa, algo que Franz Tost, o patrão da marca, já admitiu estar nos seus planos.

Youtube Animation: Tooned para a Mobil, animação numero três

Quando vi a segunda animação, logo me avisaram que já existia uma terceira, e fui ver. É bem interessante: fala sobre os lubrificantes e aquilo que podem fazer aos motores, tudo explicado de forma bem humorada.

Youtube Rally Testing: o novo Hyundai i20 WRC na estrada

Já é sabido desde há alguns dias que a Hyundai anda a fazer testes intensivos com o seu modelo i20 WRC com vista à sua estreia em 2014. E nesta terça-feira surgiu este video com o carro a andar em asfalto em terras alemãs, com Bryan Bouffier ao volante, certamente a experimentar as novas evoluções da mais nova máquina a entrar no Mundial WRC.

Veremos como e onde é que as evoluções do novo carro o irão parar.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Noticias: Raikkonen foi testar GP3 em Barcelona

Kimi Raikkonen aproveitou as férias para fazer algo diferente: foi testar um monolugar de GP3, no circuito de Barcelona, no sentido de ajudar a afinar o monolugar em relação a esta temporada, que teve a sua estreia. Neste seu teste de 58 voltas, no qual teve o melhor tempo de 1.34,780 segundos, o finlandês decidiu testar o carro no sentido do comportamento do monolugar com diferentes compostos de pneus, como parte de um programa de desenvolvimento técnico para aumentar as ultrapassagens no campeonato.

No final do teste, Raikkonen revelou que “quis testar o GP3/13 [nome do monolugar] porque o meu amigo Afa Heikkinen tem uma equipa no campeonato e tenho estado próximo do seu progresso e resultados desde o início da época”. A equipa que Kimi refere trata-se da Koiranen Bros.

Para além disso, mostrou-se curioso por saber como o carro se guia, achando-o “engraçado de pilotar. Existiram alguns problemas relativamente ao seu comportamento, mas conseguimos resolver a maior parte deles”, disse. Para além disso, elogiou o monolugar, afirmando que era “uma ferramenta muito boa para os jovens pilotos, especialmente quando têm que aprender sobre gestão de pneus tal como na Formula 1”.


Didier Perrin, diretor técnico das GP3 Series, adorou ver Raikkönen a desenvolver a máquina do ‘seu’ campeonato, explicando que “a sua experiência e retorno foram importantes e deram-nos um melhor entendimento do que é preciso fazer de forma a tornar o nosso monolugar numa melhor ferramenta”, referiu.

Youtube Animation: Tooned para a Mobil, animação numero dois

O pessoal que faz a animação da McLaren, o "Tooned", também anda a fazer uns cartoons para a Mobil, sobre a lubrificação e as gasolinas. Hoje vi o segundo dos filmes que andam a fazer, sobre a história dos lubrificantes, com os suspeitos do costume: Jenson Button, Sergio Perez e Tony Stewart, ou "Smoke", como gostam de chamar ao tipo da NASCAR...

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Estórias da Formula 1: A sorte do "azarado" Jean-Pierre Jarier

Por estes dias, o Joe Saward decidiu interromper as suas férias para assinalar os 60 anos de vida de Nigel Mansell, um dos monstros sagrados dos anos 80 e 90, tão conhecido pela sua velocidade como pelos seus azares, muitos deles provocados por ele mesmo, outros porque o carro falhou, de tanto a ser puxado pelo próprio piloto. Mas foram também esses momentos de azar que fizeram parte da lenda do "Leão" que foi admirado por Colin Chapman, Frank Williams e Enzo Ferrari, e passou por Lotus, Williams, Ferrari e McLaren, vencendo o campeonato do mundo de 1992 aos 39 anos, "depois de ter perdido dois campeonatos", como diria Nelson Piquet, seu companheiro e rival na Williams.

Mas o que Saward queria dizer era que no meio do azar, ele teve sorte de estar na Formula 1 e sair dela sem um acidente grave, algo que alguns dos seus companheiros não tiveram tanta sorte. E ele então decidiu lembrar de outro piloto desse tempo, tão "talentoso" como Mansell, como azarado: o francês Jean-Pierre Jarier. Conhecido como "Jumper", fez 143 Grandes Prémios entre 1971 e 1983, com passagens por March, Shadow, Penske, Ligier, ATS, Lotus, Tyrrell, Osella e novamente Ligier. Teve três pole-positions mas nunca venceu qualquer corrida. E esteve muito perto de vencer pelo menos em duas ocasiões: o GP do Brasil de 1975 e o GP do Canadá de 1978, quando o carro que o guiava o deixou mal, dando a hipótese de ganhar a outros dois novatos: José Carlos Pace e Gilles Villeneuve.

Contudo, depois da Formula 1, Jarier teve sorte na vida. Saward conta isso no site da Autocar

"Um dos pilotos mais azarados da Formula 1, a sorte que tanto fugiu na pista voltou com toda a força em dezembro de 1994, quando pilotava um helicóptero Huges 500 no sudoeste de França. O motor parou em pleno ar e este caiu em toda a força num campo de milho, espalhando-se numa larga área. Isto foi algo que não foi amplamente divulgado, mas o jornal do sitio onde morava na altura - Le Republicain de Marmande – providenciou um relato bem... colorido. 

O acidente foi presenciado por uma testemunha, Nicola Chateauneuf, que estava a guiar um autocarro escolar quando viu o helicóptero cair em terra. 'Corri em direção do helicóptero, que estava envolvido numa nuvem de fumo, e vi chamas a sairem da cauda. Pensava que iria explodir e ficei de pé atras', começou por dizer. 'Um homem saiu de lá, tirou duas maletas e veio em minha direção. Disse que tinha uma dor de cabeça e tinha sangue a escorrer na cara. Disse-lhe para esperar pelos serviços de emergência, mas ele insistia para o levar para o médico mais próximo. Insistiu tanto que acabei por o levar', concluiu.

Jarier colocou as suas duas malas a bordo do autocarro e ela o levou para o médico. Ao longo da jornada, ele colocou a cabeça de fora da janela e dizia-lhe: 'Mais depressa, mais depressa!'. 'Se soubesse que ele tinha sido piloto um ex-piloto' - disse Madame Chateuneuf mais tarde - 'tinha-lhe dito que isto era um autocarro, não um carro de corrida!'. 

No final, Jarier levou três pontos na cabeça, resultantes de uma pequena ferida, mas de resto não tinha mais nada quebrado ou magoado, e continuou a jornada por via aérea. Sempre que me perguntam porque é que os pilotos são uma raça à parte, conto-lhes esta historieta", conclui Saward.

Enzo Ferrari, 25 anos depois

Digam o que disserem, ninguém o pode menosprezar, apagar ou ignorar a presença de Enzo Ferrari e os seus carros, e o que significaram para a história do automóvel, do automobilismo e da Formula 1. "Il Commentadore", uma personagem do qual ora se amava, ora se odiava, e cuja presença sempre se manifestava temor ou até rancor. E admiração, também. A 15 de agosto de 1988, aos 90 anos de idade, Enzo Ferrari saia da vida para passar à lenda, deixando para trás um legado único na história do automobilismo.

Hoje, Montezemolo decidiu assinalar a data do desaparecimento do seu fundador no site oficial da Ferrari, referindo que “devo-lhe muito, à sua coragem, à sua habilidade de olhar sempre em frente, mesmo nos momentos mais difíceis”. Ele destacou a sorte que teve em “conhecer Enzo Ferrari e a trabalhar com homens como ele e Avvocato Agnelli”, mesmo nos momentos mais dificeis. “Tenho uma foto do fundador junto à minha secretária em Maranello: quando tenho que tomar uma decisão importante, olho para ela instintivamente e pergunto-me a mim mesmo o que ele faria. O exemplo de Enzo Ferrari está sempre na minha mente”. 

Por fim, Montezemolo acredita que Enzo Ferrari ficaria contente com a situação atual da marca que fundou no já distante ano de 1947: “Ele ficaria contente por ver no que a Ferrari se tornou hoje, uma instituição industrial e de corridas, única, que representa a excelência italiana”, disse.

Não se pode pensar - nunca poderemos pensar - neste século XX automobilístico sem Enzo Ferrari. Um italiano que aos dez anos de idade, quando viu a sua primeira corrida de automóveis, decidiu que o seu destino iria ser traçado naquela novidade. E apesar de todos os grandes obstáculos que teve de passar, especialmente na I Guerra Mundial, quando viu o seu pai e o seu irmão a morrerem vitimas de doença, conseguiu o objetivo de ser piloto. Uma das coisas pouco conhecidas é que Ferrari esteve na Targa Flório e foi o primeiro vencedor da Coppa Acerbo, em Pescara, prova que depois foi vencida por pilotos como Bernd Rosemeyer, Juan Manuel Fangio e Stirling Moss.

Ferrari cresceu na Alfa Romeo, que se tornou numa das equipas de sucesso em Itália nos anos 20 e 30, com pilotos como Giuseppe Campari, Achille Varzi e principalmente, Tazio Nuvolari. Primeiro como piloto, aos poucos, Ferrari viu que tinha talento como organizador e gestor. A sua Scuderia Ferrari foi fundada em 1929 como equipa oficial de fábrica da Alfa Romeo, para cuidar dos carros e respectiva logistica. Parou em 1932, quando teve Alfredino Ferrari, o "Dino". Só que o Ferrari organizador demonstrou o outro lado de Ferrari: um homem que pressionava os seus pilotos até ao limite, mais importando com os carros do que a vida dos que pilotava. É que naquele tempo, era muito fácil perder a vida do que um automóvel se inutilizava.

E houve alturas em que Ferrari, depois da II Guerra Mundial, foi escrutinado pela opinião pública por isso. Em 1957, quando Alfonso de Portago se despistou com o seu Ferrari, nas Mille Miglia, matando nove pessoas, incluindo duas crianças, todos culparam Enzo Ferrari pelo facto de ter construido tal máquina. E isso aconteceu semanas depois de ter perdido outro piloto, Eugenio Castelotti, que estava a fazer um teste em Modena com o carro de Formula 1, às ordens do Commentadore. Só que ele não estava ali para testar componentes novos, apenas para ele bater o recorde da pista, que semanas antes, tinha caido para as mãos de um piloto da Maserati, Stirling Moss. Conta-se a lenda que quando soube da morte de Castelotti, a primeira coisas que perguntou foi o estado do carro...

Quatro anos depois, em 1961, Ferrari iria ser novamente escrutinado pela opinião pública quando uma das suas máquinas matou o alemão Wolfgang Von Trips e mais treze pessoas no Autódromo de Monza, quando ele e o americano Phil Hill disputavam entre si o título mundial daquela temporada. Nesses quatro anos, Ferrari tinha perdido mais alguns pilotos: Luigi Musso, Peter Collins... ainda viu Mike Hawthorn sair vivo dos seus carros, apenas para morrer alguns meses depois, na sua Grã-Bretanha natal. Mas pelo meio, sofreu a sua pior perda quando viu o seu filho Dino Ferrari morrer, aos 24 anos, vítima de distrofia muscular.

Todos temiam Enzo Ferrari, mas todos queriam guiar os seus carros, porque eram os melhores, os mais potentes. Mesmo Juan Manuel Fangio, que não gramava muito Ferrari, guiou um dos seus carros em 1956, para vencer o seu quarto título mundial.

Sobre até que ponto era o seu gosto pelo automobilismo, certo dia afirmou: "Conheci pessoas que definitivamente amavam os automóveis tanto quanto eu. Mas não creio que tenha conhecido alguém tão obstinado, motivado pela mesma paixão de tal forma que praticamente não tenho tempo para mais alguma coisa. Não tenho qualquer outro interesse que não os carros de corrida". Mas a grande ironia era que a partir dos finais dos anos 50, Ferrari raramente ia aos circuitos de Formula 1 no fim de semana das corridas. Preferiria delegar isso aos seus diretores desportivos como Romolo Tavoni ou Mauro Forgheri, e às vezes, preferiria estar presente nas sessões de testes. E a partir de 1973, esses testes passaram a ser feitos em Fiorano, ao lado da fábrica.

E foi nesse ano de 1973 que conhece um jovem de 25 anos chamado Luca di Montezemolo. Ferrari, que passava por um momento dificil em termos competitivos (na Formula 1, os seus carros arrastavam-se no final do pelotão) e ele decidiu erguer do zero. Decidiu sair da Endurance e dedicar-se à Formula 1 e trouxe um jovem austriaco, com talento promissor, de seu nome Niki Lauda. Graças a ele, nos três anos seguintes venceram dois campeonatos de pilotos e três de Construtores. E depois de Lauda, veio Gilles Villeneuve, que Ferrari o considerava como a reencarnação de Tazio Nuvolari. Mas foi outro piloto, o sul-africano Jody Scheckter, que deu mais um título, em 1979.

E esse foi o último título de pilotos que Ferrari viu ainda vivo. Passou pelo desgosto de ver o pequeno canadiano morrer na pista belga de Zolder, em 1982, e a longa travessia do deserto ao longo dos anos 80, apesar de talentos como René Arnoux, Michele Alboreto e Gerhard Berger. Somente depois de morto, e com o regresso ao leme de Luca di Montezemolo, é que a Ferrari pode sobreviver para além do seu criador. Com a ajuda do Grupo Fiat (que comprara a Ferrari em 1969), contratam-se pilotos como Michael Schumacher, dirigentes como Jean Todt, projetistas como Rory Bryne e engenheiros como Ross Brawn. E entre 2000 e 2005, a Formula 1 significava Ferrari, e a marca tinha se reerguido como uma equipa dominadora. Depois disso, Kimi Raikkonen foi o último campeão do mundo, em 2007, e desde então, com Fernando Alonso ao volante, tenta-se contrariar o dominio dos Red Bull e do alemão Sebastian Vettel.

Vinte e cinco anos depois da sua morte, o seu legado continua firme e forte. Os seus carros de estrada continuam a ser o motivo de inveja e sonho de muitos, desejo para os que podem comprar, independentemente de serem novos ou velhos, já que até os clássicos se vendem por muitos milhões de dólares ou euros, e são cobiçados por muitos. E no automobilismo, a sua história e o seu modelo é admirado e não raras vezes se tenta copiar. Nem sempre com resultados.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Noticias: Félix da Costa é candidato à vaga na Toro Rosso

António Félix da Costa é candidato à vaga na Toro Rosso. Quem o diz é Franz Tost, o patrão da marca, que apesar de não dizer claramente que é o candidato ideal, o nomeia para o lugar de Daniel Ricciardo, caso este seja o escolhido da Red Bull para o lugar deixado vago por Mark Webber.

Antonio Félix da Costa é um dos candidatos, mas vamos esperar a decisão da Red Bull e, se eles levarem Daniel, vamos avaliar quem será a opção para nosso segundo cockpit.”, afirmou Tost ao site Total Race, uma entrevista a Julianne Cerasoli.

Na entrevista, Tost fala que a grande razão pelo qual Jean-Eric Vergne não é considerado para a vaga da Red Bull é apenas por uma questão de inexperiência: "Jean-Eric é um piloto que trabalha muito bem e tem muita habilidade. O único motivo pelo qual Daniel Ricciardo está sendo cotado para a vaga [de Webber] e ele não é simplesmente pela questão da experiência. Ele fez 13 corridas a mais que Vergne, o que é praticamente uma temporada. Com isso em mente, estou muito confiante de que Jean-Eric vai se focar em fazer um grande trabalho e em permanecer conosco na próxima temporada.", comentou.

Um dos que elogia Félix da Costa é o seu companheiro de equipa na Arden, Pedro Fantin. O piloto brasileiro acredita que ele está no caminho certo: “António é um piloto muito rápido, que conhece bastante do lado técnico do carro e está bem focado no que ele quer”, afirmou à rádio brasileira Jovem Pan. “Acho que ele tem muita chance de chegar na Formula 1 – se não for ano que vem, será no próximo. É um grande piloto. É sempre difícil saber o que se pode conseguir quando chegar lá, mas ele está bem preparado, focado e sabe o que quer. É muito rápido, é um piloto completo e experiente. Já andou em todas as categorias possíveis. Ele é terceiro no campeonato porque teve muitos problemas, não acabou várias corridas. É um cara bem honesto, aberto e brincalhão, no estilo brasileiro.

O piloto de 21 anos (vai fazer 22 no final do mês) corre nesta temporada na World Series by Renault pela Arden Caterham, onde neste momento é quinto classificado no campeonato, com uma vitória nesta temporada.

Noticias: Juan Pablo Montoya dispensado pela Chip Ganassi.

Quem conta é o Rodrigo Mattar: Juan Pablo Montoya, ou "Montoyucho", já não é mais piloto da Chip Ganassi na NASCAR. O "gordo" colombiano, de 37 anos - que graças a ele, ganhou um "Twitter meme" com o #MomentoMonyota (que é para assinalar a hora do almoço) - foi dispensado das suas funções de piloto, e provavelmente poderá ter visto encerrar a sua carreira na categoria americana e ir, provavelmente para a USCR, a Endurance americana.

Conhecido pelo seu mau génio, exatamente proporcional ao seu talento, na NASCAR fez até agora 239 corridas, com duas vitórias, nove pole-positions, 56 corridas a acabar no "top ten" e um oitavo lugar como melhor classificação no campeonato de 2009. Já estava na Chip Ganassi desde 2006, altura em que abandonara a McLaren e a Formula 1 a meio da época.

Nascido a 20 de setembro de 1975 em Bogotá, tem uma carreira eclética em ambos os lados do Atlântico. Esteve na CART, onde foi campeão da categoria em 1999, empatado com o escocês Dario Franchitti em termos de pontos, mas levando vantagem no numero de vitórias: sete contra três. No ano seguinte, para além de continuar na CART, virou-se para a IRL no sentido de participar nas 500 Milhas de Indianápolis, onde acabou por vencer, sendo o primeiro "rookie" a alcançá-lo desde 1966. Em 2001 foi para a Formula 1, ao serviço da Williams (era o seu piloto de testes antes de ir para os EUA) onde venceu uma corrida no seu ano de estreia.

Nos dois anos seguintes, foi um dos grandes rivais de Michael Schumacher - senão o maior - nas lutas pelo título mundial,  mas o melhor que conseguiu foram dois terceiros lugares no Mundial de pilotos. Em 2004, venceu a última corrida do ano, no Brasil, antes de passar para a McLaren, ao lado de Kimi Raikkonen.

Aí, a sua presença foi tumultuosa. Conflitos com Ron Dennis, acompanhado por uma lesão no ombro - que o colocou de fora por duas corridas - foram compensadas com três vitórias e o quarto lugar no campeonato de 2005. No ano seguinte, ficou na equipa até ao GP dos Estados Unidos de 2006, conseguindo dois pódios, o último dos quais no Mónaco. Ao todo, para além das sete vitórias, conseguiu mais treze pole-positions e doze voltas mais rápidas.

Em paralelo com a sua carreira na NASCAR, Montoya conseguiu vencer as 24 horas de Daytona por três vezes: em 2007, 2008 e 2013, sempre pela Chip Ganassi.   

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Youtube Animal Collision: O sangue-frio do piloto perante a gaivota...

Esta aconteceu no inicio do mês no circuito urbano de Toronto, numa corrida da chamada Speed Super Trucks. O piloto em questão, Justin Lofton, estava a liderar a corrida quando de repente, vindo de "sabe se lá onde", uma gaivota que não evita a colisão com o camião. 

Lofton, passado o susto, não perdeu a compostura e deitou fora o animal, que infelizmente, não sobreviveu à colisão. Quanto ao piloto - que liderava a corrida - conseguiu levar o carro até à vitória. Deve-se agradecer ao seu sangue-frio...

Vi isto no Jalopnik.

Noticias: Sauber não consegue o dinheiro dos russos

As coisas na Sauber parecem ter piorado, em termos de sobrevivência. A agência noticiosa alemã DPA anuncia esta tarde que o negócio entre a equipa suiça e as empresas russas não se irá concretizar devido à falta de dinheiro vindo da "Mãe Russia". A alemã "Bild" fala na edição de hoje que uma das empresas, a NIAT, o Instituto Nacional de Tecnologia e Aviação Russa, vetou o financiamento à equipa russa, que no seu conjunto iria valer... cem milhões de euros por ano, ao longo de quatro anos, como falava ontem o Humberto Corradi.

Esse investimento iria ser a "salvação" da marca, pois iria permitir pagar todas as dividas que têm a fornecedores, pilotos e funcionários. E agora, teme-se pelo futuro da equipa suiça, que entrou na Formula 1 em 1993. Fala-se em várias alternativas, desde a venda da sede, até a uma aliança com a Volkswagen nos mesmos moldes com o que aconteceu com a BMW, em 2006. 

A equipa ainda não se pronunciou sobre estas noticias, pois a sede, em Hinwill, está fechada para férias, mas a Sauber contava imenso com este dinheiro. Assim sendo, as piores perspectivas, de insolvência e abandono da competição, começam a ser reais. Veremos.

EM ATUALIZAÇÃO: a Sauber já reagiu, negando que haja problemas com os investidores russos. O financiamento vindo da NIAT nunca fez parte do acordo, afirmou a equipa suíça. Mesmo assim, seria interessante saber os detalhes do acordo entre a Sauber e os investidores russos.

Youtube Rally Testing: as primeiras imagens do Hyundai no WRC


São só dez segundos, mas este video, filmado hoje, é o primeiro em que mostra o Hyundai i20 de WRC em ação. Outros provavelmente virão, mas pode-se dizer que o programa de testes da marca coreana, que têm Chris Atkinson, Juho Hanninen e Bryan Bouffier como pilotos, está em "velocidade de cruzeiro".

Agradeço ao Germano Caldeira por me ter mostrado isto.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

WRC: Meeke substiui Sordo na Austrália

Noticia interessante: a Citroen anunciou esta tarde que o inglês Kris Meeke será piloto da marca no Rali da Austrália, em substituição de Dani Sordo. O rali acontecerá em meados de setembro e serve como recompensa pelo bom resultado que teve durante o rali da Finlândia, onde andou muito tempo no quinto posto, antes de se despistar numa das passagens por Ouninpohja, acabando por desistir. A ideia de ter Meeke num dos carros da Citroen poderá servir para ver se poderá ser piloto oficial da marca em 2014.

Yves Matton, o responsável da Citröen, afirmou que Meeke "mostrou na Finlândia o que pode fazer, com um excelente desempenho e altos níveis de motivação". E disse que Dani Sordo aceitou a mudança. "Temos que reconhecer que tivemos melhores épocas. É difícil tomar decisões como esta, mas por vezes tem que se mudar alguma coisa para a equipa recarregar baterias e regressar aos caminhos das vitórias", afirmou, citado pela revista britânica Autosport.

A prestação da Citroen este ano está a deixar muito por desejar, comparado com a Volkswagen. As suas vitórias foram todas conquistadas por Sebastien Löeb, que este ano decidiu fazer a competição em "part-time", e os outros pilotos, o finlandês Mikko Hirvonen e o espanhol Dani Sordo, tiveram prestações que deixaram muito a desejar, mesmo perante os pilotos da Ford, como Mads Ostberg e Thierry Neuville.

Já Kris Meeke, de 34 anos (nasceu a 2 de julho de 1979) depois de ter estado durante um ano na Mini, em 2011, ficou de fora durante um ano, após o final da aventura da Prodrive com o carro, estando agora a regressar a tempo parcial com a marca francesa. Curiosamente, o inglês foi companheiro de Sordo na equipa da Prodrive.

Youtube Video: Apagar fogos... à maneira canadiana

Isto já tem uns tempos, mas no Canadá, não se brinca em serviço. Para apagar fogos em camiões num país tão grande como aquele, nada como chamar a Cavalaria... aérea.

Esta vi hoje no Jalopnik.

Noticias: Sauber continua em maus lençóis

Em tempo de férias, as noticias de hoje falam sobre a Sauber. É que apesar o anuncio de que a equipa suíça ter conseguido financiamento russo, parece que o dinheiro ainda não chegou à sede, em Hinwill. E a "Bild in Sontag", publicação alemã, fala que as dividas são tao grandes que Colin Kolles está disposto a arranjar outros parceiros para comprar a marca.

Segundo o jornal, as dividas que a equipa fundada por Peter Sauber e que está na formula 1 desde 1993 têm dívidas a rondar os 80 milhões de euros. E desses, 35 milhões têm a ver com pagamentos a fornecedores, enquanto que o resto têm a ver com dividas à Ferrari pelos motores, e salários em atraso. Dois dos exemplos ditos no jornal é que Esteban Gutierrez ainda não recebeu qualquer salário nesta temporada, e Kamui Kobayashi, que já não é piloto da marca, tem a reclamar um pagamento de 2,5 milhões de euros. 

A matéria fala que o acordo com os russos poderá ser "letra morta" se a equipa suiça não cumprir com a sua parte do acordado. E que estes exigem que dê um lugar a Serguei Sirotkin, piloto de 18 anos que está este ano na World Series by Renault. Apesar de ser um bom piloto, muitos concordam que ele é "demasiado verde" para ser piloto de Formula 1.

E por causa de todos estes problemas que Monisha Kalternborn pensa em vender a sede em Hinwill, e se fala nos bastidores de que Colin Kolles está a tentar juntar um grupo de investidores para adquirir a marca, ou uma parte dela. Kolles - que não tem grande reputação na Formula 1 - já foi o dono da Midland e da HRT, e parece que deseja voltar a esse mundo.  

Em jeito de conclusão, podemos dizer que a Formula 1, tal como a conhecemos, precisa de colocar um teto orçamental para os seus gastos, sob pena de a vermos "rebentada" e reduzida para metade. É que tirando os quatro do costume (Ferrari, McLaren, Mercedes e Red Bull), todos os outros acabam o ano com prejuízos ou dependem demasiado de patrocinadores para sobreviver. Olhem a Lotus, que apesar de desmentir ter salários em atraso, teve prejuizos superiores a 50 milhões de euros em 2012...

Youtube Chasing Cars: A pior (ou mais cómica) perseguição do cinema

Cenas de perseguição automóvel em Hollywood tornaram-se norma desde "Bullit", rodado há 45 anos nas ruas de São Francisco. Mas nem todas as perseguições policiais são grande momentos do cinema. Bem pelo contrário, especialmente nas cenas em que as ações são horrivelmente... bem, cómicas. Era o que estava a ver hoje no Jalopnik: as dez piores cenas de perseguição automóvel da história do cinema.

Mas o mais engraçado é que o pior de todos não é de Hollywood... mas sim de Bollywood. Índia! É que, bem pensado, não creio que ninguém em paragens americanas poderá pensar em colocar um cavalo a deslizar debaixo de um camião...

Enfim, vejam por vocês mesmos.

domingo, 11 de agosto de 2013

Uma tarde de setembro e os donos dos Honda

Recebi esta tarde na página do Facebook deste belo blog a foto que ilustra este post. É do Bruno Brito e veio acompanhado da seguinte mensagem: "Tirei está foto do Senna, no Autódromo do Estoril em 1991, entrei dentro do NSX e o Senna fez 2 peões. Não sei se é verdade que o NSX preto pertenceu ao Senna. Cumprimentos."

É uma bela foto, diga-se, e tenho a certeza que o Bruno deve ter passado um grande dia dentro do carro, com o piloto brasileiro lá dentro. Mas isto só demonstra duas coisas: o impacto do piloto em si e os carros em particular, especialmente depois que se soube de que um modelo NSX de cor preta estava à venda no EBay

Passados estes dias, é mais do que certo que Senna não foi proprietário de nenhum desses dois carros, o vermelho e o preto. O que está à venda muito provavelmente era o tal que o Braguinha deveria disponiblizar ao piloto quando estava em Portugal, quer fosse em Sintra ou na Quinta do Lago. O vermelho era da Honda Portugal, que disponiblizava a Senna sempre que estava cá a disputar o GP de Portugal. Esse carro (o famoso SX-25-59) está neste momento em Faro, estimado pelo dono de um concessionário em Faro, a MSCar. Chegou a estar exposto no stand, à venda, mas pelo que me contam, pediam à volta de 150 mil euros e nunca arranjaram comprador.

Em jeito de conclusão: quer um, quer o outro modelo, são certamente clássicos do automóvel e do automobilismo. Tal como a foto tirada nesse dia já distante de setembro de 1991. 

Vimeo Motorsport Video: Rali da Finlândia, visto por um drone


Rally Finland Drone Work - Making OF from FS Aviation on Vimeo.

O pessoal da FS Aviation, que sabe mexer com o "drone" que leva as câmaras aéreas, traz uma amostra das imagens que eles recolheram no Rali da Finlândia, que aconteceu na semana passada, filmando os carros de Sebastien Ogier e Jari-Matti Latvala, entre outros. 

As impressões de David Coulthard sobre esta temporada

David Coulthard pode se ter retirado da Formula 1 em 2008, mas não deixa de comentar a categoria máxima do automobilismo como comentador da BBC. Numa entrevista ao site GP Update, e fazendo o balanço da primeira parte da temporada, o escocês vê o alemão da Red Bull como o favorito ao título mundial: “Historicamente, se você consegue construir uma boa vantagem na primeira metade da temporada, mesmo que algum adversário se consiga aproximar, é possível sustentar-se e alcançar o título”, começou por se afirmar.

Para sustentar isso, dá o exemplo de Jenson Button em 2009, ao serviço da Brawn GP, onde venceu as primeiras seis corridas dessa temporada: “Vejam o que Button fez quando foi campeão com a Brawn, somando vitórias na primeira metade do ano. Na segunda metade, ele não chegou perto de apresentar o mesmo desempenho, mas a vantagem adquirida foi suficiente para chegar ao final do campeonato na primeira posição”, disse.

Sobre os eventos de Budapeste, onde o empresário de Fernando Alonso esteve na motorhome da Red Bull para falar com Christian Horner, acha que uma transferência é improvável: "Acho que a história de Fernando é improvável, mas penso também que é normal que todos eles e seus empresários conversem com outras equipas", começa por dizer. "Ele não seria um empresário se não procurasse as equipas vencedoras. A Ferrari é um nome maravilhoso, mas ganhar corridas e campeonatos é muito mais. Acho que Fernando já provou que é um grande piloto, ele conquistou dois títulos e, claramente, quer vencer com a Ferrari. E a Ferrari é sempre pioneira, então você tem de esperar que eles se tornem realmente fortes em algum momento da história da Formula 1", completou.

Quanto ao piloto alemão, Coulthard só se desdobra em elogios: “Sebastian é um piloto notável, principalmente se você olhar para o tamanho do sucesso obtido por ele em tão pouco tempo. Obviamente eu não sei o futuro, mas ficaria muito surpreso se ele não vencer neste ano”. 

E sobre os possíveis candidatos ao lugar de Mark Webber, como Kimi Raikkonen e Daniel Ricciardo, o ex-piloto de 42 anos afirma que ambos são excelentes: "Kimi é um campeão do mundo, ele é incrivelmente consistente. Por isso, a Red Bull não pode nem pensar em não procurá-lo. Além disso, ele é um concorrente real ao título deste ano. Já o Daniel é um nome bem conhecido na Red Bull, uma personagem adorável e será muito popular na equipa. E será, se a Red Bull ficar com ele, de grande valor para o programa de jovens pilotos ter outro piloto como Sebastian", concluiu.