quarta-feira, 27 de maio de 2015

The End: Erik Carlsson (1929-2015)

O sueco Erik Carlsson, um dos pioneiros dos ralis nos anos 50 e 60, morreu hoje aos 86 aos de idade. O piloto sueco encontrava-se internado há alguma tempo devido a uma queda, do qual nunca recuperou devidamente. Três vezes vencedor do Rali de Monte Carlo, entre 1961 e 1963, também venceu três edições do Rali RAC, sempre a bordo de um Saab 96, e tornou-se numa das lendas do automobilismo, bem antes do Mundial de ralis. Para além disso, foi casado por Pat Moss, a irmã de Stirling Moss, e também uma piloto de ralis de respeito.

Aliás, o seu cunhado afirmou certo dia que ele "foi a melhor coisa não mecânica a sair de Trollhattan", que é a sede da Saab.

Nascido a 5 de março de 1929 na cidade sueca de Trollhattan, cedo demonstrou as suas habilidades, o suficiente para em 1955 ir trabalhar para a Saab como piloto de testes da marca. Curiosamente, foi na base de um aperto de mão... 

As suas habilidades fizeram com que fosse a pessoa ideal para experimentar o modelo 92, o primeiro carro da marca sueca, nos ralis locais. O seu primeiro grande resultado foi em 1957, quando venceu o Rali dos 1000 Lagos, ao volante de um modelo 92. Nesse tempo, os ralis eram feitos em termos de regularidade e não na performance dos dias de hoje, e Carlsson aproveitou todas as oportunidades para mostrar ao mundo a capacidade dos carros da sua terra. E vencia ralis com um carro de 36 cavalos... por causa da sua habilidade de travar o carro com o pé esquerdo.

Em 1959, torou-se vice-campeão europeu de ralis, depois de ter sido terceiro classificado num rali em terras portuguesas. Mas os organizadores decidiram penalizar o piloto em 50 pontos porque ele tinha pintado os números... de branco, em vez de ser a preto.

Isso não o impediu de vencer ralis importantes como Monte Carlo ou o RAC com o modelo 93, antes de conhecer e casar com Pat Moss, em 1963. Então, radicou-se na Grã-Bretanha, onde os britânicos o idolatravam, ao ponto de ele ser personagem de ficção em dois livros da saga James Bond, como piloto instrutor que ensinava ao agente secreto técnicas de condução em neve e gelo.

Carlsson abandonou os ralis em 1967, depois de ter vencido o Rali da Checoslováquia com um modelo 96, mas sendo fiel à marca da sua terra, estava sempre presente nos lançamentos dos novos modelos da marca sueca. Viúvo desde 2008, continuava a aparecer em eventos históricos, sempre a bordo dos modelos que o tornaram famoso.

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