domingo, 2 de agosto de 2015

CNR: Bruno Magalhães foi o vencedor na Madeira

Bruno Magalhães venceu pela quarta vez na sua história o Rali da Madeira, depois de um dia de sonho onde conseguiu bater Miguel Nunes e José Pedro Magalhães para ficar com o lugar mais alto do pódio num dos ralis mais conhecidos do país e que num passado não muito recente, era considerado como um dos melhores da Europa. A diferença entre os dois primeiros foi de 5,4 segundos, e tudo ficou decidido com um erro do piloto madeirense, que fez a diferença, num rali disputado a três.

No final de dois dias de rali, o piloto de 35 anos não cabia o seu contentamento pela vitória: "Estamos muito contentes! Foi uma vitória muito difícil e suada. No início do dia de hoje estávamos em terceiro. Mas as coisas correram tal e qual como planeámos. Demos o máximo nas primeiras classificativas para chegar a primeiro. Depois ganhámos uma margem confortável e nos troços finais gerimos o andamento. É uma vitória muito saborosa, sobretudo porque entramos para a história do rali como um dos pilotos que mais vezes venceu. Atingimos o objetivo a que nos propusemos quando confirmámos a participação no Rali", afirmou.

Já Miguel Nunes, o segundo lugar é um excelente resultado para alguém que fez... o seu primeiro rali a bordo de um R5, e do qual fez apenas 60 quilómetros de testes com o carro antes desta prova. “Praticamente perdi o rali logo no primeiro troço de hoje, em que perdi 5.3 segundos para o Bruno Magalhães, a diferença a que fiquei do Bruno [ndr, que foi 5.4 segundos]. Ter sido o melhor madeirense é um bom prémio de consolação, e penso ter sido muito bom chegar aqui com apenas 60 Km de testes e fazer um prova destas com um carro como o Ford Fiesta R5”, disse.

Mas o segundo dia parecia que iria começar sem que ninguém se destacasse, pois se Bruno Magalhães ganhava a especial de abertura, em Câmara de Lobos, a vantagem que tinha alcançado era apenas de meio segundo, e Miguel Nunes era o lider, que lidava com José Pedro Fontes, que também queria a liderança do rali. Contudo, a consistência do piloto da Peugeot era a chave e ele conseguiu ficar com o comando, graças às vitórias nos troços seguintes, como por exemplo, na primeira passagem pela Ponta do Sol. Nunes perdia uns segundos, enquanto que José Pedro Fontes tinha uma atitude de expectativa.

Ao mesmo tempo, Alexandre Camacho aproximava-se dos primeiros, tentando recuperar o tempo perdido com o furo do dia anterior. No final da manhã, tinha chegado ao quarto posto, depois de o trocar com João Barros. Ricardo Moura estava discreto, na sexta posição.

Pela tarde, Camacho tentava se aproximar dos três primeiros, vencendo na segunda passagem por Câmara de Lobos, numa altura em que José Pedro Fontes tinha abdicado da vitória, preocupando-se com o campeonato, já que os seus adversários mais diretos ou estavam muito longe ou tinham desistido. E na parte final, Magalhães aumentava a vantagem para 9,3 segundos, quando faltava duas classificativas, para ver Camacho ganhar na penúltima especial, na Ponta do Pargo, ao mesmo tempo que Ricardo Moura batia forte e forçava à neutralização da classificativa.

No final, a vitória de Bruno Magalhães era mais do que merecida, com uma vantagem de 5,4 segundos sobre Miguel Nunes, e 12,5 segundos de vantagem sobre José Pedro Fontes, que beneficiou grandemente na classificação geral, pois o piloto de Lisboa há muito se dedica ao Europeu de Ralis.

"Esta participação só foi possível graças ao apoio dos meus patrocinadores e da Peugeot a quem dedico esta vitória. A todos eles o meu obrigado por continuarem a acreditar no meu projeto. Espero que outras vitórias se sigam", rematou.

Quanto a José Pedro Fontes, ele era o mais beneficiado no campeonato e parece que é cada vez mais o favorito à vitória: “A liderança do Nacional de Ralis é o prémio que nós queríamos. Foi pena o que aconteceu ao Ricardo, mas nós atingimos o nosso objetivo. Ainda pensámos em lutar pela vitória, mas neste último dia não quisemos correr grandes riscos”, disse aos microfones da RTP Madeira.

Já para Alexandre Camacho, o quarto lugar - e segundo melhor madeirense - é um prémio de consolo pelo que aconteceu no primeiro dia. “Tirando o furo correu tudo bem. Ainda assim, conseguimos diminuir a distância do dia anterior, o que significa que recuperamos bastante e mantivemos um andamento rápido. Quero agradecer ao público presente na estrada e a todos os que mandaram mensagens, pelo apoio e pelo carinho que sentimos”, realçou.

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