quinta-feira, 8 de outubro de 2015

GP Memória - Japão 2000

Duas semanas após terem corrido nos Estados Unidos, o pelotão da Formula 1 estava em paragens japonesas, mais concretamente no circuito de Suzuka, para o GP do Japão. E o campeonato estava ao rubro, pois pela primeira em algum tempo, a Ferrari tinha uma chance de alcançar ambos os campeonatos. Não que isso não tenha acontecido antes (Michael Schumacher estava no comando do campeonato à entrada da última corrida de 1997, por exemplo), mas no ano 2000, o alemão tinha um avanço de oito pontos, depois de ter vencido em Indianápolis e Mika Hakkinen ter desistido dessa corrida.

Assim sendo, para que Schumacher fosse campeão, bastava uma simples matemática: ficar na frente de Mika Hakkinen no GP japonês, para que a questão se resolvesse aqui. E a Ferrari iria fazer tudo para que tal acontecesse.

No final da qualificação, Schumacher levou a melhor sobre Hakkinen... por nove milésimos de segundo! David Coulthard foi o terceiro, a 411 centésimos, na frente Rubens Barrichello, o que demonstrava que McLaren e Ferrari estavam a dar tudo por tudo nesta corrida. Os Williams-BMW ficaram com a terceira fila, com Jenson Button na frente de Ralf Schumacher, enquanto que na quarta estavam o Jaguar de Eddie Irvine e o Jordan de Heinz-Harald Frentzen. A fechar o "top ten" ficaram o BAR-Honda de Jacques Villeneuve e o segundo Jaguar de Johnny Herbert.

Debaixo de tempo nublado, mas com pista seca, Hakkinen levou a melhor sobre Schumacher, enquanto que Ralf passava Button e Barrichello para ficar com o quarto posto e atacava Coulthard. Com o passar das voltas, Hakkinen e Schumacher começavam a afastar-se do resto do pelotão, mas o finlandês não conseguia afastar do alemão o suficiente para que pudesse escapar das táticas de reabastecimento, que em muitos casos, os Ferrari eram mais velozes.

Na volta 15, o avanço para o alemão era de dois segundos, e ambos estavam dez segundos na frente de Ralf Schumacher, numa altura em que Jarno Trulli era o primeiro dos da frente a parar. Ralf Schumacher. Jacques Villeneuve e Heinz-Harald Frentzen foram às boxes quatro voltas depois, enquanto que Barrichello e Button pararam na volta seguinte. Na volta 21, Hakkinen fez o seu primeiro reabastecimento, com Schumacher na liderança, antes deste fazer a sua parte na volta 22, deixando Coulthard no comando até à volta 24, deixando Hakkinen no comando, com um avanço de quase três segundos sobre o alemão.

Na volta 28, começaram a cair alguns pingos de chuva na pista e esta começou a ficar um pouco escorregadia. Hakkinen começou a andar um pouco mais lento, graças também a um pouco de tráfego que o atrapalhou um pouco. Schumacher aproximou-se para terem uma diferença de 0,7 segundos na volta 31, mas atrasou-se devido a um leve contacto com o BAR de Ricardo Zonta.

Contudo, na volta 37, Hakkinen faz a sua segunda paragem nas boxes, com Schumacher a aumentar o ritmo nesse periodo para ficar na frente do finlandês quando fosse na sua vez de ir às boxes. E foi o que aconteceu, na volta 40. Quando voltou à pista, tinha um avanço de 4,1 segundos sobre o piloto da McLaren, e a partir dali, foi controlar a sua aproximação até à bandeira de xadrez. O objetivo tinha sido alcançado.  

No final, era a alegria e o alivio: terminava o jejum de 21 anos sem vitórias no campeonato de Construtores. Michael Schumacher vencia a corrida na frente de Mika Hakkinen, com David Coulthard a ficar com o lugar mais baixo do pódio. Nos restantes lugares pontuáveis ficavam o segundo Ferrari de Rubens Barrichello, o Williams de Jenson Button e o BAR-Honda de Jacques Villeneuve. 

Agora, só faltava a corrida de Sepang para fechar o campeonato.

Sem comentários: